baloiço.

- Sempre que passo por lá, lá está ele, o baloiço, o meu baloiço; quando era pequenina, gostava de ir para lá, e baloiçar; sentia-me livre com um pássaro que voa no céu sem fim. Simplesmente, gostava de lá andar, tentava ir sempre o mais alto, sentir-me o mais livre possivel ! Os meus cabelos loiros e finos voavam livres com o vento; os meus pés andavam para trás e para a frente, para dar mais balanço, para ir sempre mai além; e eu sorria, feliz, por estar ali. Olhar para aquele baloiço, faz-me recordar de toda a minha infância, de quando andava a correr na escola, de quando a minha mãe me contava histórias para adormecer, de quando eu brincava com as barbies, dos penteados que lhes fazia, das roupas que lhes vestia. Faz-me recordar das tardes a dar passeios com a minha mãe e com os meus nenucos, das vezes em que passava a estrada sem olhar, feliz e livre, até mesmo da vez em que mudei de casa. Faz-me relembrar dos castelos na areia construidos com os meus irmãos e com os nossos amigos e amigas (que ainda hoje estão presentes na minha vida), das idas à geladaria e querer todos os sabores, das vezes em que dizia à minha mãe que gostava muito da minha família. Enfim, recordações, lembranças, memórias; memórias de uma infância bem vivida, aproveitando cada momento, sempre com um sorriso na cara. Voando livremente sobre o meu baloiço, o que me fazia esquecer, que estava a crescer, e que um dia, vários problemas viriam, e que tinha que deixar de lá andar; de andar no meu baloiço preferido. O baloiço onde eu gostava de baloiçar. Onde passava dias, sempre com um enorme e rasgando sorriso na cara.